Ao caminhar possibilita formas ao mundo (cotidiano), no constante diálogo de densidade, ramificado a indagação da simplicidade e do estado de se diluir (em e entre coisas-sujeitos). O riso é irônico na apropriação do passo ao asfalto, quando as linhas que demarcam leis são substituídas somente por passagem.
A solidão é força, imposição de si ao mundo, quando contesta o passo, quando se move no delicado que por insegurança se mostra áspero. A força contrai quando expande o olhar para céu, do céu caminha no chão, não por vergonha, mas desejo de estar.
Até parece corrosivo o semblante deste outro, na ferida que é composta a cada dia, como carne pálida. A solidão permite espaço de amplidão, do fenômeno denso e sutil, não da espera, mas do ato do caminho (Aufhebung), quando percebe, se dilui e se compõe. Uma barreira se mostra como suposição, como riso, como sátira, como passo.
2 comentários:
É a mudança de cada dia, os olhos atentos ao inesperado, invadito, imbutido, a cada coisa, a cada ser. O inesperado que faz acontecer, mudar, raciocinar e, assim evoluir.
Abraço meu amigo...
Sensível-observador-poeta!
Seu olhar é profundo e trás transformações!!
Bjo Yan!
Postar um comentário