De súbito vem o aperto. Duro. duro. É mais um dos nós. E parece que não vai afrouxar nunca mais na vida. As gentes acham que a hora ruim nunca vai passar mesmo... Dá chilique, pisoteia, tem sapituca. Até reza! Sente a angúsita pressionar as veias com gosto. Gostoso. Tem vontade de gritar, berrar, cuspir, bater a cabeça, socar a cabeceira. Morder a própria carne. Tudo normal, absolutamente anormal. Isso é ser gente, ser humano. Ser humano com hífen sem hífen. Sem mistério nem segredo. Pensar é sofrer. Sentir é sofrer. Sentir é pensar. Mas o contrário nem sempre é. E depois que passa? ah! acha graça. Isso se se lembrar que passou. Gente é trânsito. Todo o tempo. Nada anormal nisso. Nada normal nisso. Carne e osso. Muita carne. Pele, muita pele. Bom se sentir gente às vezes. (Suspiro) Nervos, muito nervo! Carne, osso, pele. Sangue, muito sangue. e quente. Sentir a quentura. Frieza às vezes. Mas só às vezes.
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2 comentários:
é interessante o sorriso no canto da boca que acontece após a leitura do texto, do sentido incomodo e ironico de realidade, de complexidade, da angustia no ato de respirar...
gostei muito.
é como ser o ser. e lidar com a beleza presente e inacabada disso.
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