As duas desciam rapidamente as escadas feitas de pedras, terra de um marrom escuro e pequenas gramíneas.
Uma delas vascilou entre um degrau e outro. Sabia que não estavam indo no sentido correto.
No final (ou no início) não havia nada além de areia: prefácio de um mar razo, claro, sem sal..
Sentia que a qualquer momento aquele quase lago mostraria sua ira sobrehumana e aí seria tarde demais para procurar qualquer saída. Os degraus eram muitos para proporcionar uma fuga ligeira.
Mas era isso o que ele queria.
Pensava que havia sido muito ingênua em se deixar levar por um pedido póstumo do amante de sua irmã. Em vez de ajudá-la, estaria levando-a para o fim de sua linha tenra que poderia, porém, significar o reencontro com o desconhecido mais recorrente de suas lembranças amorosas.
3 comentários:
ola amor...
sua escrita esta diferente, caminha suave e densa ao mesmmo tempo... e lembra a cor cinza... Gostei Muito...
isto é pedaço de um romance (ou pode ser)...
beijos...
Sim! É um pedaço de um romance que irá se desenvolver (ou não) ao longo do tempo neste blog. Espere e verás o final da história! <;)
Gosto dessa brincadeira com as palavras que os contos permitem. Quando vc diz "reecontro com o desconhecido" me soa mto com a certeza de algo que está pra acontecer [ou já aconteceu?!].
E todo conto carrega um pouco das histórias do autor. Essa confusão de até que ponto é só um personagem e até que ponto é uma vivência do autor é intrigante.
E parece que consigo ouvir vc narrar essa história. É bom ter a identidade do autor nos textos dessa maneira sutil e certeira.
Quero acompanhar essa história!
Postar um comentário